a dança do vetre
A partir do final do século XX, tem-se observado um crescente interesse do Ocidente pela Dança do Ventre, ou seja, em paises americanos como o Brasil e EUA, e em paises europeus como a Espanha, Portugal e França, entre outros.
Este interesse se deve talvez ao fato de a Dança do Ventre ser muito diferente das danças praticadas no Ocidente, exigindo uma movimentação e uma estética diferentes das outras danças, assim como as características musicais.
De acordo com a bailarina e professora HAYAT EL HELWA “A dança foi vista na Europa pela primeira vez na Mostra Mundial de Paris em 1889, onde foram trazidos diversos artistas de rua, algerianos, para se apresentarem na mostra”.
Nos países árabes atualmente as apresentações de Dança do Ventre ocorrem em diversos lugares como casas de shows, teatros e nihgt clubs (que geralmente ficam em hotéis cinco estrelas).
Inclusive muitas bailarinas brasileiras quando vão trabalhar nos países árabes como o Egito, é nestes hotéis cinco estrelas que elas se apresentam.
Sobre as apresentações, ainda é importante dizer que elas ocorrem geralmente no palco destes lugares, e quase sempre com uma banda composta de muitos músicos. Geralmente cada bailarina tem sua própria banda para acompanhá-la.
A Dança do Ventre é uma dança de origem oriental, cujo surgimento exato em termos de localização histórica e geográfica nos é desconhecida. Ou seja, não se sabe ao certo onde e nem quando a Dança do Ventre se originou.
A literatura histórica sobre este assunto é escassa e duvidosa, e os poucos autores que se arriscaram a escrever sobre isso concordam.
Há poucos documentos e registros que atestam o passado histórico da Dança do Ventre.
Devido à dificuldade de encontrar informações confiáveis, surgem diversas interpretações, teorias e hipóteses.
A mais aceita delas diz que a Dança do Ventre surgiu no Antigo Egito, em rituais, cultos religiosos, onde as mulheres dançavam em reverência a deusas.
Com movimentos ondulatórios e batidos de quadril, as mulheres reverenciavam a fertilidade, celebravam a vida.
Ou seja, tratava-se de uma dança ritualística, em caráter religioso, sem apresentações em público.
Essas mulheres reverenciavam as deusas que acreditavam ser as responsáveis pela vida da terra, pela vida gerada no ventre da mulher, e pelos ciclos da natureza.
Há quem diga que ao dançarem as mulheres também se preparavam para ser mães, já que a movimentação da Dança do Ventre ajudava a fortalecer a região pélvica, facilitando o parto.
Dizem que quando os árabes invadiram o Egito, eles se apropriaram da Dança do Ventre e a disseminaram para o resto do mundo.